Vai uma garrafada?




A propósito deste post, apeteceu-me agora escrever sobre algo que me tem indignado nos últimos tempos.

O facto é que parece muito normal encontrar jovens em plena noite, preferencialmente em grupos, levando na mão garrafas de bebidas. Sobretudo cerveja. Muitos deles aparentam catorze ou quinze anos.

O que realmente me choca é a irresponsabilidade dos que vendem esses produtos e deixam-nos sair do recinto de venda. Mas mais irresponsabilidade ainda é de quem de direito que vê a cena (aliás, muitos deles poderão ter filhos nessa idade e que ostentam os mesmos comportamentos) e fazem-se de surdos, mudos, paralíticos ou, na pior das hipóteses, doentes com paralisia cerebral e nada fazem para colmatar a situação.

Será que ainda ninguém da Câmara Municipal ou do Governo viram que há que proibir a saída de garrafas para fora do recinto de venda? Quantas garrafadas mais serão necessárias para que isso aconteça? Quantos furos em pneus dos carros, quantos feridos acidentais serão necessários para que as pessoas que vendem bebidas alcoólicas em garrafas toem consciência da gravidade da situação?

Não adianta colocar mais recipientes para lixo. Não resolverá o problema porque ou o consumidor já se encontra num estado que não consegue fazer o que seria óbvio e nem existirão mais recipientes, uma vez que já foram vandalizadas. E é assim que se pergunta: onde pára a fiscalização? Onde pára a policia?

Se somos uma sociedade de inconscientes que não conseguem cumprir com tão simples valores morais e de segurança pública, que a justiça, o governo, o presidente da república ou mesmo o Papa faça alguma coisa.

Estou farto de ouvir vidros serem quebrados pela noite fora e de ler notícias engarrafadas.

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