"Somos uma troupe de opinadores"
Fiquei duplamente satisfeito pelo último "Dôs" do JB no Café Margoso; primeiro por ter sido uma conversa com o Tó, um artista criativo, generoso e atrevido (é desses que a Cultura precisa) que gosto desde a época do Mindel Stars e depois com o grupo de dança que ele criou. Segundo pelas palavras inteligentes e pela forma aberta que expõe suas opiniões dignas de reflexão.
Deixo aqui algumas que mais gostei. Mais uma prova do bom trabalho que o JB tem levado a cabo em prol da cultura cabo-verdiana.
Foto: fonte - www.cafemargoso.blogspot.com
Não te entristece que não possas mostrar essa obra em Cabo Verde?
Cabo Verde precisa urgentemente de um espírito de agenciamento. Uma agência que faça com que as obras, os trabalhadores da cultura, os criadores estejam em contacto com o mundo. Agenciar para que as obras possam estar nos sítios certos, nos momentos certos. Isto é fundamental. É fundamental que a política pública cabo-verdiana faço por isto. Cabo Verde tem que encontrar o seu próprio modelo para fazer circular as coisas.
Os artistas ainda são vistos como parasitas?
Olha, quando vamos ao dentista, esperamos que a pessoa que lá está com aquelas maquinetas todas a mexer-nos na boca, seja de facto, um dentista preparado. Tu vais, sais com a cara inchada e pagas sem perguntar nada. Em relação a nós, as pessoas vão ver o trabalho e fica tudo a dar-te conselhos, a dizer-te que devias ter feito assim e não assado, porque «fica mais giro, se for o Manuel em cima da Maria e não o contrário». Somos uma troupe de opinadores.
Para ler a entrevista na íntegra clique aqui.
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