Um grogue daquel bom para todos os artistas caboverdeanos


Encontrei esta declaração cafeana (muito interessante, diga-se de passagem) no "Café Margoso" do João Branco. Porém tenho que comentar sobre isso, dizendo que o respeito pelos artistas terá que começar também nos governantes. Um respeito que deverá ser traduzido na criação de políticas que protejam os direitos autorais e inteletuais, na diminuição dos encargos fiscais e taxas alfandegárias para a indústria cultural, no apoio e reconhecimento do trabalho daqueles que arduamente trabalham para elevar o nome deste país.

Em cada um de nós há um Cabral (sabiamente disse um grande poeta das ilhas) que, para além de ativista político era um grande artista. Assim, em cada um de nós deverá existir ainda um Eugénio, um B.Leza, uma Cesária, um Novas, um Vieira e demais que, se enumerasse todos não sairíamos daqui hoje.

Isto tudo para dizer também que ficar de braços cruzados à espera que o céu nos apoie, de nada serve. Afinal, como disse um dos nossos artistas, se os fazedores de arte em Cabo Verde fossem vendidos ao quilo, seríamos riquíssimos.

Mas se o engenheiro constrói o país fisicamente e o político tenta organizar o povo de forma coerente, nem esse engenheiro nem esse político será reconhecido no mundo se não tiver alma.

E entende-se alma como CULTURA!

Intérprete: Cesária Évora
Autor da música: Manuel d'Novas

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