Ah, Electra!!!

A Empresa nacional de fornecimento de electricidade e água, Electra, tem levado a cabo uma interessante campanha para uma melhor política de poupança energética. Acho uma excelente iniciativa. Aliás, trata-se de uma iniciativa que outras paragens já tiveram. Afinal é necessário pensarmos melhor sobre o tremendo gasto de energia que o homem é protagonista e pensarmos melhor sobre o investimento em energias renováveis, uma das riquezas deste país (sol e vento).

Mas pensemos também sobre igual tratamento para todos os clientes em Cabo Verde. Lei para um, lei para todos. Assim, todos (refiro-me a todas as ilhas incluindo a de Santiago, em toda a sua extensão) devem pagar juros de mora quando não pagam suas contas atempadamente, assim como devem ter corte de energia após acumularem mais que uma factura.

Além disso a Electra deverá investir numa luta mais severe contra a electricidade clandestina porque, para além de ser um perigo iminente, é a maior fonte de prejuízo em termos energéticos. Já ouvi inclusive falar que em termpos estatísticos, o prejuízo que a empresa de electricidade nacional enfrenta por causa do roubo de energia é superior ao consumo das ilhas de São Vicente e Sal juntas. Não estou certo disso, mas estou ciente que os prejuízos derivados do roubo de energia, principalmente na Cidade da Praia e arredores é abismal. 

Ainda mais, o historial de reclamações sobre a má facturação, diria mesmo sobrefacturação do fornecimento de energia tem sido colosal. Em São Vicente, diariamante chovem reclamações nos balcões da Electra. Há muita pouca gente que não se sente vítima desse sistema. E a desculpa paira sempre sobre o elevado preço dos combustíveis e a utilização do sistema informático. Diria até que os computadores de Cabo Verde são os únicos do mundo que não sabem tabuada.

Por isso digo: poupar sim. Mas a Electra também que faça o favor de não continuar com essa política de “rabata” que tem impingido aos cabo-verdianos.