Ritmos cabo-verdianos de Tito Paris em Famalicão




Tito Paris, guitarrista, compositor e cantor cabo-verdiano, estará na Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão, Norte Portugal, no Sábado, dia 29, às 21h30, para um concerto que, segundo a organização, promete ser marcante.

A sua guitarra, ora melancólica ora frenética, a sua voz indolente e o swing com que embala o público fazem dele, segundo a crítica especializada, um dos ícones da moderna música luso-africana, retratista sonoro da ascendência africana, mas também do Portugal cosmopolita e da comunidade cabo-verdiana na diáspora.

Em palco, Tito Paris, que é considerado a verdadeira personificação da alma cabo-verdiana, é como que “um dínamo que magnetiza as suas audiências com a entrega, a energia e a sinceridade de um grande compositor e intérprete".

Tito Paris nasceu numa casa de música, absorveu desde menino os sons e os ritmos de Cabo Verde. O pai tocava banjo e baixo, a avó cantava mornas e coladeras, o avô, além de construtor de instrumentos musicais, tocava violino.

“Tal como ao porto do Mindelo faziam escala os barcos de todo mundo com os seus ritmos e sonoridades, a música de Tito está profundamente enraizada na tradição musical cabo-verdiana, mas respirando outras sonoridades venham elas da contra-costa africana, do outro lado do Atlântico ou do hemisfério Norte, sempre arrebatada pela saudade insular que se sente quando interpreta um funaná ou uma coladera mas também com ânsia de um som novo, da descoberta de novas harmonias”, lê-se na nota de apresentação do artista, elaborada pela Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão.

Tito Paris foi um dos convidados no espectáculo de Mariza no Royal Albert Hall, Londres, em Novembro de 2006, tendo, depois desse espectáculo, actuado em diversas ocasiões com a cantora.

Lançou e produziu o seu primeiro álbum em 1987, intitulado Fidjo Maguado, um trabalho instrumental em que mostra o seu virtuosismo como guitarrista, após o que formou um grupo próprio.

Com este grupo gravou o álbum Dança Ma Mi Criola, a que se seguiram Graça de Tchegá (1996), dois trabalhos ao vivo – Ao vivo no B.Leza (1998) e 27/07/1990 (2001) – e, em 2002, o álbum Guilhermina.

Tito Paris, que toca regularmente às terças e quintas-feiras na Casa da Morna, em Lisboa (de que é um dos sócios), é um dos responsáveis pela divulgação da música cabo-verdiana pelo mundo, sendo uma figura de relevo da comunidade africana na capital.

Fonte: Inforpress

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